20 de set. de 2017

A Virgem Coroada

Suposto Alinhamento Planetário

Tendo em vista um certo alarme sobre acontecimentos supostamente oriundos de, ou associados a, um dito "alinhamento planetário" em 23Set2017, resolvi fazer uma pesquisa e escrever algumas considerações sobre o tema.
Fonte (1)

A Virgem coroada


Apocalipse 12:1-2
  1. Apareceu no céu um sinal extraordinário: uma mulher vestida do sol, com a lua debaixo dos seus pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça.
  2. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz.
Fonte (2)

Correspondência simbólica


  • 1.       Uma mulher: constelação de Virgem
  • 2.       Vestida do Sol: Sol transitando pela constelação de Virgem, signos de Virgem ou Libra
  • 3.       Lua debaixo dos seus pés: Lua aos pés da Virgem na constelação do mesmo nome (no signo de Escorpião)
  • 4.       Coroa de doze estrelas: doze pontos luminosos acima da cabeça da Virgem: 9 estrelas da constelação de Leão (entre elas Regulus) somadas a 3 planetas.
  • 5.       Júpiter entraria “no ventre” da Virgem (em dez2016) e sairia 9 meses depois (em set2017).

Esta configuração acontece no dia 23 de setembro de 2017.
Fonte (3)

Considerações sobre a simbologia


  • 1.       Os planetas não estão alinhados. Eles estão ao longo da eclíptica, a linha do zodíaco, que é o caminho natural do sol, da lua e de todos os planetas do sistema solar.
  • 2.       O mapa abaixo (sistema heliocêntrico) mostra como os planetas estão “distribuídos” pelas constelações. Ou seja, não há qualquer “alinhamento”, seja visto do sol, da terra, no sistema sideral (constelações) ou no tropical (signos).
  • 3.       A afirmação de que Júpiter tenha “entrado no ventre da Virgem”, em dez2016 - e “saído 9 meses depois”, em set2017, é muito forçada, pois durante alguns meses em 2017 Júpiter esteve “nas pernas” da Virgem. Lembrando que afinal o desenho da Virgem é uma representação imaginária sobre os traços que ligam as estrelas da constelação.
  • 4.       Esta distribuição do Sol sobre o corpo da Virgem, a Lua a seus pés, e alguns planetas somados às estrelas da constelação de Leão coroando sua cabeça já aconteceu várias vezes, como listado abaixo.
Planetas estão bem "espalhados" - não há "alinhamento" 23set2017, sideral, heliocêntrico


A Virgem coroada

A "virgem coroada, vestida do sol com a lua sob os pés" corresponderia à seguinte configuração:
  • Lua sob os pés da Virgem na constelação do mesmo nome
  • Sol no corpo da Virgem
  • 3 planetas acima da cabeça da Virgem + 9 estrelas da constelação de Leão, formando uma coroa de 12 "estrelas"
Simbolismo astronômico do texto do apocalipse 12:1

Esta configuração acontece, num período pesquisado de 2500 anos (1-2500dC), em várias datas:

  • 1.       05out864
  • 2.       31ago1261
  • 3.       05set1293
  • 4.       14set1417
  • 5.       10set1496
  • 6.       17set1814
  • 7.       23set1846
  • 8.       08out1983
  • 9.       23set2017
  • 10.   29set2049
  • 11.   04out2081
  • 12.   20set2220
  • 13.   06out2252
  • 14.   25set2397
Fonte (4)
Virgem coroada em 05set1293

Virgem coroada em 17set1814

Virgem coroada em 23set1846


Virgem coroada em 08out1983

Virgem coroada em 06out2252


O Livro do Apocalipse

O Livro do Apocalipse é um livro da Bíblia. Considera-se que foi escrito pelo apóstolo João após 95dC, quando foi exilado para a ilha grega de Patmos. Algumas referências citam seu nascimento em 6dC; portanto, já devia estar em idade avançada, em torno de 90 anos.
A palavra apocalipse vem do grego e tem o significado de retirada (apo) do véu (kalumna), ou “revelação”. Segundo João, o livro teria sido “ditado pelos anjos”.
Fonte (5)


Apocalipse 12:1-17


  1. E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.
  2. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz.
  3. E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas.
  4. E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho.
  5. E deu à luz um filho homem que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.
  6. E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.
  7. E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos;
  8. Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus.
  9. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
  10. E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.
  11. E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte.
  12. Por isso alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo.
  13. E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem.
  14. E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.
  15. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar.
  16. E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca.
  17. E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.

Conclusões

  1. Não há um "alinhamento" planetário - Sol, Lua e Planetas seguem em seu curso pelo zodíaco e estão espalhados tendo ao fundo diferentes constelações no dia 23set2017.
  2. O evento astronômico citado, supostamente correspondente ao fenômeno descrito pelo apóstolo João em Apocalipse 12:1 não é raro. Aconteceu várias vezes desde que o texto foi publicado. Não há motivo para alarme.

Fontes:


  1. Como foi citada em um blog (portal da consciência), artigo assinado por Cristian Dambrós e divulgado em uma página do Facebook (Grande Fraternidade Branca).
  2.  Bíblica online (www.bibliaonline.com.br)
  3. Verificação pelo software Stellarium
  4. Cálculos, verificação e imagens pelos softwares SolarFire e Stellarium
  5. João, Apóstolo, João de Patmos  e João em Patmos


~o§.§o~


 Através das suas previsões astrológicas e seu mapa numerológico, você acompanha a dinâmica planetária que descreve o seu cotidiano e a frequência vibracional do seu dia pessoal - e assim  poderá exercer o seu livre-arbítrio com muito mais consciência! A análise dos trânsitos, progressões, lunações e eclipses sobre o mapa natal permite uma antecipação das crises, que podem então ser aliviadas com um tratamento de apoio e prevenção.
Entre em contato e encomende agora suas previsões!

 
Rômulo Grandi

12 de set. de 2017

Enxame de prótons vindos da erupção solar


RADIAÇÃO da ERUPÇÃO SOLAR Classe X8 de 10set2017

O sol é uma esfera de plasma que completa uma rotação em 25 dias. Contém mais de 99% da massa do sistema solar. O vento solar é a expansão da coroa do sol, que varre o espaço a uma distância estimada de 100 vezes a distância entre Terra e Sol.

Dimensão do Vento Solar ("solar wind")


O plasma magnetizado do vento solar se move nas linhas do campo magnético interplanetário, que se esticam a partir do sol.  Como os campos acima e abaixo da linha do equador do sol possuem polaridades diferentes, isso gera uma camada fina de correntes difusas. Com o giro do sol estas camadas vão se entortando, formando uma estrutura semelhante à espiral de Arquimedes, que recebe o nome de Espiral de Parker.

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Corrente heliosférica difusa - Espiral de Parker

Uma mancha solar é uma área da superfície do sol de temperatura mais baixa e atividade magnética mais forte. A velocidade de rotação das manchas no equador solar é de 7189 km/h. Quando uma mancha solar se afasta da direção da Terra, pelo giro do sol, atingindo o lado oeste, e então explode, a massa coronal ejetada não vem em direção ao nosso planeta. Em compensação, uma nuvem de prótons carregados nos atinge e ioniza o campo magnético da Terra.

A explosão do dia 10 de setembro propulsou uma ejeção de massa coronariana no espaço de classe X8, que não veio em direção ao planeta, mas que acelerou um enxame de prótons energéticos em direção à Terra. Ambos são visíveis neste filme de coronografia do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO):


Enxame de prótons solares



As muitas partículas neste filme não são estrelas - são prótons solares que atacam a câmera digital da SOHO. Quase dois dias depois, esses prótons ainda estão passando por nosso planeta, causando uma tempestade de radiação solar moderadamente forte (classe S2). Os últimos dados da SOHO mostram uma nevasca contínua de "neve" digital em imagens coronográficas:

Enxame de prótons



O que fez essa erupção tão "radioativa"? Tem a ver com a localização do AR2673 no momento da explosão. O lado ocidental do sol está magneticamente conectado à Terra. O diagrama abaixo mostra como.


Linhas em espiral do campo interplanetário (Espiral de Parker)



Campos magnéticos voltados para trás do local da explosão se direcionam diretamente ao nosso planeta, canalizando esses prótons energéticos para a Terra. Estes campos são os mostrados na imagem acima e também abaixo, na espiral de Parker.

Espiral de Parker

Normalmente, as tempestades de radiação solar são mantidas à distância pelo campo magnético do planeta e pela atmosfera superior. No dia 10 de setembro de 2017, no entanto, houve um "evento no nível do solo" (GLE). Monitores de nêutrons no Ártico, na Antártica e em vários outros locais de alta latitude detectaram uma onda de partículas atingindo um longo caminho até a superfície da Terra:



Evento ao nível de solo (GLE)

"Em termos históricos, este foi um evento de nível do solo relativamente pequeno - apenas cerca de um milésimo tão forte como o evento de 23 de fevereiro de 1956, que é o maior medido", diz Clive Dyer, Professor Visitante da Universidade do Centro Espacial Surrey.

No entanto, isso não significa que o CLT de 10 de setembro foi insignificante. Dyer diz que "os passageiros (e tripulantes) que voavam em rotas de alta latitude a 40.000 pés poderiam ter absorvido 10 microSieverts de radiação extra. Durante a primeira hora do GLE, a taxa de dosagem dentro da aeronave durante esse vôo teria sido aproximadamente o dobro".

Ele também observa que o GLE poderia ter causado pequenos problemas nos eletrônicos e aviônicos de bordo, embora nada na escala do épico GLE de 1956, "o que seria muito desafiador para os sistemas modernos".

"Desde que as medições começaram por volta de 1942, há 73 eventos detectados por monitores de radiação no solo", acrescenta Dyer. "O evento de 10 de setembro de 2017 está longe de ser o mais forte, mas é de especial interesse porque demonstra a necessidade de vigilância contínua mesmo durante o Mínimo Solar".

Fontes: NASA, Space Weather, Wiki

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Rômulo Grandi