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15 de fev. de 2023

Como é possível a previsão de terremotos

Quais os fundamentos da previsão de terremotos?

São necessárias as seguintes condições:
  1. Pensar fora do padrão da “academia”, ofuscada pela política das últimas décadas.
  2. Admitir a existência de campos além dos gravitacionais conectando os planetas no sistema solar, como por exemplo os campos eletromagnéticos medidos pelas sondas espaciais.
  3. Reconhecer a geração de campos e correntes elétricas originados da geometria dos planetas e da Lua, posicionados em determinados ângulos
  4. Ter ferramentas (softwares) para calcular a posição dos planetas em órbita e prever os padrões geométricos.
  5. Saber identificar quais padrões geram o potencial de abalos sísmicos.
  6. Testar a teoria com eventos ocorridos no passado.
  7. Prever corretamente os abalos sísmicos no futuro.

É possível prever terremotos com algum grau de precisão?

Não, segundo o site de Pesquisa Geológica dos EUA. Os “sacerdotes da geologia” dizem que nunca previram um grande terremoto, não sabem como fazê-lo e nem esperam saber num futuro próximo...

No entanto, há cientistas que pensam ‘fora da caixa’ e já conseguiram previsões bastante precisas.
 

Quem está trabalhando nisso?

O pesquisador holandês Frank Hoogerbeets, representando o autofinanciado Solar System Geometry Survey (SSGEOS), publicou o seguinte tweet três dias antes da sequência de terremotos (magnitude 7.8, 6.7 e 7.5) de 6 de fevereiro de 2023, na Turquia e Síria, que provocaram dezenas de milhares de mortos, mais de meio milhão de feridos e uma destruição material imensa:



Segundo ele, isso aconteceria nesta região, semelhante aos anos 115 e 526. Esses terremotos são sempre precedidos por geometria planetária crítica, como identificada nos dias 4 e 5 de fevereiro.
 

O que são padrões geométricos planetários?

O cientista explica como são os padrões geométricos no vídeo introdutório de três minutos: Earthquakes and Electro Magnetic Waves:


Qual o índice de acerto da equipe do SSGEOS?

Não foi a primeira previsão do pesquisador. Em 2/fev/2023 ele publicou sobre o potencial dentro de 1 a 6 dias de forte abalo sísmico numa faixa a oeste da América Latina. O terremoto de magnitude 5.6 ocorreu em Cuiquimbo, Chile, em 5/fev.




Em 29/Jan/2023 o seu instituto SSGEOS previu atividade sísmica intensa em uma área abrangendo o sul da China e o norte da Índia. No dia seguinte um terremoto de magnitude 5.8 abalou Xinjiang.

E assim foram centenas de previsões acuradas de Hoogerbeets e sua equipe do SSGEOS, desde 2014, o que contrasta fortemente com os sismólogos rivais que se apoiam em teorias estatísticas de probabilidade aplicadas em modelos lineares gerados por computador as quais vêm falhando consistentemente por décadas.
 

Qual o fundamento da teoria de Hoogerbeets?

O acerto da equipe do SSGEOS se fundamenta na ênfase nas propriedades eletromagnéticas, químicas e galácticas da dinâmica da Terra e do sistema solar mais amplo. Ao contrário dos sacerdotes sismólogos que se apegam à “teoria do rebote elástico”, que se fundamenta no movimento das placas tectônicas gerada por forças gravitacionais.

Como afirma Hoogerbeets:

“Com base em nossa pesquisa, parece que a gravidade não é responsável por terremotos maiores no momento da geometria planetária e lunar crítica. A força mais provável que atua na crosta terrestre no momento da geometria crítica é eletromagnética. Isso também poderia explicar os raios na atmosfera da Terra antes de terremotos maiores, que podem ser o resultado do forçamento atmosférico induzido pela carga eletromagnética da geometria crítica entre os corpos celestes no sistema solar”.

N.T.: Eu ainda acrescentaria que o comportamento diferenciado dos animais, horas antes dos abalos pode ser devido à variação do campo magnético e grande afluxo de elétrons na região do terremoto. Bandos de pássaros se ajuntam no solo – e, no caso do tsunami que abalou a Indonésia, os elefantes ficaram agitados e partiram as suas correntes para subirem às montanhas.


Ao longo dos escritos e vídeos educacionais de Hoogerbeets, o meteorologista holandês explica que o espaço entre os planetas e entre as estrelas não é vazio, mas permeado por campos magnéticos sutis, mas eficientes, e correntes elétricas que alimentam cada um dos planetas, luas e sol. O análogo usado para este processo não é um modelo de computador com noções abstratas de “forças gravitacionais puxando objetos dentro do espaço vazio”, como é frequentemente o caso, mas sim um processo elétrico com o Sol atuando como uma forma de dínamo e os planetas atuando como como antenas que simultaneamente recebem, transformam e emitem sinais de acordo com certos comprimentos de onda específicos.

Citando o Eng. John Nelson, da Rádio RCA, que obteve mais de 95% de precisão em suas previsões na década de 1960:

“A semelhança entre um gerador elétrico com seus ímãs cuidadosamente posicionados e o sol com seus planetas em constante mudança é intrigante. No gerador, os ímãs são fixos e produzem uma corrente elétrica constante. Se considerarmos que os planetas são ímãs e o sol é a armadura, temos uma semelhança considerável com o gerador”

 

Existem provas destas correntes circulando entre os planetas?

As correntes entre planetas e luas dentro do sistema solar foram detectadas pelas sondas Voyager e Cassini (orbitando de Saturno), que registraram ondas EM específicas emitidas de todos os planetas, variando de ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho e comprimentos de onda ainda menores.

“Reconhecidamente, o que causa as emissões/absorção de EM entre planetas não é compreendido. Também não é totalmente compreendido como essas emissões influenciam a atividade na atmosfera, na ionosfera da Terra - para não mencionar a crosta profunda, o manto e o núcleo da Terra. Os humanos, afinal, apenas perfuraram 16 km através da crosta de 60 km e não têm conhecimento direto do manto ou inferior.

Apesar de nossa tamanha ignorância a esse respeito, sabemos algumas coisas sobre os campos magnéticos e ressonâncias em nosso sistema solar, e simplesmente reconhecer essa realidade e sua influência nas questões da Terra é o primeiro passo para fazer uma descoberta, que é mais do que se pode dizer da teoria padrão dos ‘porteiros’ que tentam impedir que novas descobertas surjam.”

diz o cientista Dr. Michael Clarage no seu video “Função no Cosmos”)

 


Principais precursores para uma ciência de previsão de terremotos

Um dos fatores que parecem desempenhar um papel muito maior na ciência dos terremotos envolve as liberações químicas de elementos como o radônio da água subterrânea perto dos epicentros do terremoto dias e horas antes e depois de um evento.

O que causa a liberação de radônio ainda é desconhecido, mas era isso que o técnico Gianpalo Giuliani estava olhando quando previu um terremoto de 2009 que atingiria l'Aqila Itália dias depois.

Outra variável particularmente importante na previsão de terremotos envolve o comportamento da grande camada de plasma ionizado que envolve a Terra começando a 40 milhas e se estendendo até 600 milhas acima da superfície. Essa zona é chamada de ionosfera e está repleta de elétrons e átomos e moléculas eletricamente carregados, impulsionados pelos fluxos constantes de radiação (principalmente UV e raios X) emitidos pelo sol, mas também influenciados pelos pulsos EM de outros planetas dentro do circuito elétrico que é o nosso sistema solar.




Como Sergey Pulinets descreveu em seu Principles of Organizing Earth Quake Forecasting based on Multi Parameter Sensors (16 de outubro de 2020): “No caso de precursores ionosféricos, o precursor… se manifesta na forma de uma forte variação positiva da concentração de elétrons sobre a zona de preparação para terremotos”

O gráfico abaixo mostra a densidade aumentada de elétrons na ionosfera, iniciada onze dias antes do evento, sobre o epicentro da tsunami que assolou a costa do Japão em março de 2011, que matou mais de 20.000 pessoas e causou um prejuízo de mais de 38 bilhões de dólares.




Outro estudo mostra resultados semelhantes, dias antes do terremoto de magnitude 8.8 que sacudiu o Chile em 2010 e Hokkaido em 1994, de magnitude 8.3

Uma equipe de pesquisadores que analisaram os dados do satélite DEMETER (2004-2010), concluíram que o terremoto de magnitude 7.0 que tirou 250.000 vidas no Haiti em 12/jan/2010 poderia ter sido previsto.

Um dia (11 de janeiro de 2010) antes do terremoto, houve um aumento significativo da densidade eletrônica e da temperatura eletrônica perto do epicentro… O processamento estatístico dos dados DEMETER demonstra que os dados de satélite podem desempenhar um papel importante no estudo de fenômenos precursores associados a terremotos.”
 

Qual a sustentabilidade do projeto DEMETER?

Infelizmente, não havia orçamento para pagar uma equipe para analisar os dados sobre precursores eletromagnéticos e químicos em tempo real e assim nada pôde ser previsto ou providenciado...
 

E as ondas de rádio de frequência ultra baixa?

O Engenheiro elétrico Dr. Antony Frasier Smith previu o terremoto de 17/out/1989, de magnitude 7.1 Loma Prieta na baía de San Francisco, Califórnia, duas semanas antes do evento. Ele instalou sensores que registraram um aumento de 20 vezes nas frequências ultra baixas (ULF) de ondas de rádio. Elas subiram a um pico de 60 vezes acima da média, três horas antes do evento.

Outros pesquisadores observaram índices precursores na Armenia em 1988 e em Guam em 1993. Isto inspirou outros cientistas, como Tom Bleier que instalou uma rede de 125 magnetômetros na região da falha de San Andreas, California.

O satélite da NASA Terra Earth em 21/Jan/2001 captou emissões de infravermelho anômalas cinco dias antes do terremoto de magnitude 7.7 em Gujarat, India, que matou mais de 20.000 pessoas. A anomalia despareceu imediatamente após o abalo.

A imagem abaixo mostra que houve registro de anomalias no espectro de radiação infravermelha cinco dias antes do terremoto/tsunami que matou 228.000 pessoas em Sumatra, Indonésia, em 26/Dez/2004.

Infelizmente, devido à rejeição de todo esse campo da ciência como heresia “marginal”, esses precursores não são ouvidos OU só foram descobertos APÓS os desastres ocorridos, pois nenhum recurso financeiro foi disponibilizado para a equipe das instalações necessárias para interpretar os dados em tempo real.



Existem muitos outros casos de previsão de terremotos que poderiam ter sido levantados, levando em consideração todos os parâmetros mencionados acima e muito mais.
 

As origens das previsões modernas: Kepler

É importante ter em mente que este não é um campo novo ou “marginal” que surgiu na história recente, mas remonta literalmente a milênios. Talvez o esboço mais antigo das geometrias e harmônicas planetárias desempenhando um papel direto nas condições materiais da natureza na Terra tenha sido desenvolvido no diálogo Timeu de Platão em 360 aC.

Enquanto o estudo pitagórico da harmonia das esferas e da vida dos humanos permaneceu no reino da filosofia por dois milênios depois que o Timeu foi escrito, foi o cientista e astrólogo Johannes Kepler quem primeiro estabeleceu uma ciência real de astrofísica e previsão planetária com seu Mysterium Cosmographicum (1594), seguido por sua Nova Astronomia (1609) e culminou em suas Harmonias do Mundo (1619).

Foi neste último trabalho que Kepler consumou 30 anos de pesquisa sobre a hipótese pitagórica e moldou sua famosa terceira lei (também conhecida como lei harmônica) do movimento planetário.

No Livro 4, Capítulo 7 das Harmonias do Mundo, Kepler escreve:

“A visão de que existe alguma alma em todo o universo, dirigindo os movimentos das estrelas, a geração dos elementos, a conservação das criaturas vivas e das plantas e, finalmente, a simpatia mútua das coisas acima e abaixo, é defendida a partir das crenças pitagóricas por Timeaus de Locri em Platão… um cristão pode facilmente entender pela mente platônica, Deus o Criador, e pela alma, a natureza das coisas” [p. 358]

Kepler trabalhou em vários capítulos delineando as geometrias planetárias e lunares (que ele chamou de “aspectos”, termo usado na astrologia) que se conformam a harmonias visuais na forma de ângulos arquetípicos gerados a partir de polígonos elementares. Essas geometrias elementares incluem, mas não estão limitadas a, triângulos, quadrados, pentágonos, hexágonos e octógonos, bem como os ângulos internos gerados a partir dessas formas. Com isso realizado no livro três de suas Harmonias, Kepler delineou um conjunto de ângulos que definem estados quantizados específicos usando a relação da Terra com vários planetas, a lua e o sol.

Kepler não era numerólogo e reconheceu que os números não eram causas independentes, mas sim o efeito daquelas formas arquetípicas que permeavam todo o espaço-tempo físico. Por exemplo, números como 3, 4, 5, 6, 8 seriam expressos pelas formas elementares (triângulo, quadrado, pentágono, hexágono, octógono) que podem então ser combinados nos cinco sólidos platônicos e 13 poliedros arquimedianos.



Quando aninhados uns nos outros, esses sólidos platônicos determinam um conjunto de proporções que Kepler usou para guiar 30 anos de pesquisa sobre as causas das posições dos planetas ao redor do sol, que ele também especulou serem movidos por um fluido elétrico em sua Nova Astronomia.

Os ângulos internos contidos nas formas elementares também são tratados como propriedades de qualidades, em vez de quantidades independentes. Por exemplo: Os quadrados geram ângulos internos de 90, enquanto os triângulos apresentam ângulos internos de 60 e 120 graus. Os pentágonos geram ângulos internos de 135 e 72 graus, enquanto os hexágonos geram ângulos internos de 120 e 60, etc.

Em suas Harmonies of the World, Kepler demonstra as proporções musicais desses números como funções de ressonância/consonância, demonstrando um modelo do sistema solar construído em escalas musicais bem temperadas apresentando modos maiores e menores.


As 3 leis planetárias de Johannes Kepler libertaram a física do misticismo e se basearam em uma visão musical delineada em sua obra-prima de 1619, apresentando seu modelo do sistema solar acima. O fato de que sua 3ª Lei do Movimento Planetário, que ainda é usada hoje, ter sido o efeito dessa teoria deve fazer o cético pensar duas vezes antes de descartar a visão de Kepler como lixo.

No Livro Quatro das Harmonias, Kepler rompe com os astrólogos e estatísticos que dominavam os 'modelos padrão' de sua época, delineando vários fenômenos climáticos verificáveis que coincidem com esses "aspectos", dizendo: "Fui direcionado a isso... ao clima e estudo dos aspectos pelos quais ele é alterado. Pois eu vi que com grande consistência o estado da atmosfera era perturbado sempre que os planetas estavam em conjunção ou configurados nos aspectos comumente mencionados na astrologia. Percebi que geralmente havia calma na atmosfera se poucos ou nenhum aspecto ocorresse ou se eles fossem concluídos ou concluídos rapidamente. Na verdade, considerei que esse negócio não deveria ser considerado tão levianamente quanto o rebanho comum de previsores costuma fazer.

Há vários exemplos de geometrias planetárias examinados em Harmonies of the World, de Kepler, que impôs um método científico razoável em um domínio há muito dominado por astrólogos.

Mais tarde, Kepler discute vários fenômenos climáticos e sua correlação com várias configurações geométricas do sistema solar dizendo:

“Levei em consideração a experiência consistente, não me concentrando dessa maneira em neves em particular, ou ventos, ou trovões e outras coisas que os astrólogos costumam prever, mas observando em geral que o estado do ar foi perturbado de uma maneira ou de outra. se houvesse aspectos, por exemplo, se Marte e Júpiter estivessem em conjunção e fossem harmônicos ou se não houvesse nenhuma [conjunção].”


De Kepler ao Eletromagnetismo e ao mundo quântico

Os estudos de Kepler levaram ao modelo eletromagnético de Gauss, Humbolt e Weber, assim como o mundo quântico de Max Planck.

Max Planck declarou:

“Kepler é um exemplo magnífico do que venho dizendo. Ele sempre foi difícil. Ele teve que sofrer desilusões após desilusões e até teve que implorar pelo pagamento do atraso de seu salário pelo Reichstag em Regensburg. Ele teve que passar pela agonia de ter que defender sua própria mãe contra uma acusação pública de bruxaria. Mas pode-se perceber, ao estudar sua vida, que o que o tornou tão enérgico, incansável e produtivo foi a profunda fé que ele tinha em sua própria ciência, não a crença de que ele poderia eventualmente chegar a uma síntese aritmética de suas observações astronômicas, mas sim a fé profunda na existência de um plano definido por trás de toda a criação. Foi porque ele acreditou naquele plano que seu trabalho foi sentido por ele como valioso e também assim, nunca permitindo que sua fé esmorecesse, seu trabalho animou e iluminou sua vida triste. Compare-o com Tycho de Brahe. Brahe tinha em mãos o mesmo material de Kepler, e oportunidades ainda melhores, mas permaneceu apenas um pesquisador, pois não tinha a mesma fé na existência das leis eternas da criação. Brahe permaneceu apenas um pesquisador, mas Kepler foi o criador da nova astronomia”.


N.T. Provavelmente um dos motivos que leva a academia a se recusar a validar estes procedimentos seja o fato que eles também validariam a astrologia, que tem sido classificada como "falsa ciência" pela ciência moderna, apesar de ser uma tradição que existe há mais de 6000 anos, tempo em que vários impérios e teorias científicas surgiram e desapareceram. Como seria nosso mundo não fossem os astrólogos? Thales. Pitágoras. Platão. Euclides. Hipócrates. Aristóteles. Ptolomeu. Copérnico. Francis Bacon. Baltasar. Galileu. Kepler. Isaac Newton. Leonardo da Vinci. Carl Jung... e tantos milhares de sábios, desde os sumérios!

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Traduzido e adaptado por R.Grandi do artigo de Matthew Ehret, originalmente publicado em “The Last American Vagabond”.

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Vale a pena ler:
Safronov, A. (2022) Astronomical Triggers as a Cause of Strong Earthquakes. International Journal of Geosciences, 13, 793-829. doi: 10.4236/ijg.2022.139040.

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