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8 de set. de 2024

Burnett Rediscovered by Dion Tabrett: avaliação

Título: Burnett Rediscovered

Subtítulo:
Clinical Strategies of the Great Homeopath for Modern Practice – Line of Action of Remedies – Organ Remedies – Pathological Similimum – Vaccinosis

Autor: Dion Tabrett


Revisão do Leitor:

NÃO COMPRE este livro se estiver procurando orientação sobre o uso de  Organoterápicos (OrganoTherapeutics)

O autor discute a Organopatia ("Organopathy", em inglês), um método de homeopatia que usa remédios com forte afinidade por órgãos específicos para restaurar sua função ("Organ remedies"), também conhecido como "Organopathic Medicine". Por exemplo, prescrição de Chelidonium ou Lycopodium para o fígado. Esta é uma aplicação simples da Lei dos Semelhantes.

O método que usa remédios feitos de extratos de órgãos saudáveis ​​(sarcódios, geralmente de carneiro ou porco) é muito diferente, mas recebe um nome semelhante, o que pode causar confusão. Este método, chamado Organoterapia, estimula a regeneração de órgãos doentes prescrevendo o sarcódio do órgão, ou organoterápico. Esta NÃO é a abordagem do autor, nem a de Burnett.

O livro impresso é um tanto caro, dado seu pequeno número de páginas e não é enviado pelo correio para o Brasil pela editora alemã. Está disponível em formato eletrônico para o Kindle. 

Mas ele aborda alguns tópicos interessantes: 
  • O sistema pluralista, que usa alternar ou rotacionar remédios com efeitos semelhantes ou complementares para casos difíceis, e menciona tríades como Arsenicum album – Thuja – Natrium sulphuricum para asma infantil.
  • Ele também diferencia entre o similimum dos sintomas (que cobre a maioria ou todos os sintomas) e o similimum patológico (ou nosódio). O autor afirma que, ainda que o similimum dos sintomas possa fazer os sintomas desaparecerem, eles podem retornar ao longo do tempo, o que significa que o similimum fornece alívio, mas pode não curar. De acordo com a experiência de Burnett, a doença só é curada quando o similimum patológico é prescrito, ou seja, o nosódio do agente causador da doença, como Medorrhinum, Bacillinum, Morbillinum, Tuberculinum, nosódios de câncer, etc.
  • O autor também diferencia entre miasmas herdados, absorvidos e adquiridos (infecciosos ou não).
  • E fornece exemplos de tratamento de vacinose (reação de longo prazo à vacinação).

Dados técnicos

ASIN: ‎ B08MBH39TH
Editora: ‎ Narayana Verlag GmbH
Data de publicação: ‎ 1° de novembro de 2020
Idioma: ‎ Inglês
Tamanho: ‎ 170 páginas

Formatos:

Kindle Edition, US$ 28,99 (set/2024)
Edição impressa, US$ 43,90 (editora alemã, set/2024) sem frete para o Brasil.



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4 de mar. de 2019

Isoterápico, tautoterápico


Remédios homeopáticos

Por definição, o remédio homeopático precisa ter sido experimentado em humano são e sensível; ser usado pela lei da semelhança e ser um remédio único em doses mínimas (ultradiluídas e dinamizadas) e feito a partir de plantas, bactérias, fungos, animais ou minerais.



Remédios homeopáticos derivados de vegetais


Plantas inteiras ou partes delas (raízes, sementes, esporos):

inteiras (Belladonna, Aconitum napelus); raízes frescas (Symphytum officinalis, Sanguinaria canadensis); sementes (Nux vomica); esporos (Lycopodium clavatum).

Produtos fisiológicos (SARCÓDIOS):

por ex. Asa foetida, Terebinthinae oleum, Hura brasiliensis, Opium (resinas vegetais).

Produtos patológicos (NOSÓDIOS):

por ex., Secale cornutum (fungo do grão de centeio); Ustilago maydis (fungo do grão de milho); Solanum tuberosum aegrotans (fungo da batata).

Remédios homeopáticos derivados de animais

Animais inteiros, em partes, frescos ou secos, vivos ou mortos:

por ex., Apis mellifica (abelhas vivas), Cantharis vesicatoria (cantáridas secas), Tarantula cubensis e Tarantula hispana (aranhas inteiras).

Sarcódios:

Produtos fisiológicos, por ex. Lachesis trigonocefalus, Crotalus horridus, Naja vipera (venenos de cobras), Sepia succus (tinta de polvo), Mephitis putorius (secreção de glândulas anais de um tipo de raposa), Moschus (almíscar do cervo Moschus moschiferus), Lac defloratum, caninum e delphinum (leites de vaca, cadela e golfinho-fêmea), Calcarea ostrearum (pó de cascas de ostras).

Nosódios:

Produtos patológicos, por ex. bactérias ou suas toxinas, órgãos doentes ou suas secreções. Ex.: Tuberculinum (obtido de um cultivo do bacilo de Koch ou escarro da tuberculose), Luesinum ou Syphilinum (secreção de um cancro sifilítico), Psorinum (serosidade das vesículas da sarna), Streptococcinum, Medorrhinum (ou Gonococcinum, secreção da blenorragia ou gonorreia), Pyrogenium (decomposição da carne de vaca picada em água e deixada por algumas semanas ao sol, etc.

Organoterápicos:

obtidos de órgãos frescos ou secos, ou de suas secreções, como os hormônios. Ex. Thyreoidinum, Ovarium, Insulina, Adrenalina.

Auto-Isoterápicos ou Autonosódios:

produtos fisiológicos ou patológicos de um doente, utilizados com a finalidade de tratar sua própria doença. São as “auto vacinas homeopáticas”, geralmente preparadas a partir de secreções do nariz, orofaríngea, sangue (auto-hemoterápicos), pele (eczemas, pus, carcinomas), urina, fezes, etc.

Remédios homeopáticos imponderáveis: não-enquadrados nos casos anteriores



Ex.: Magnetis polus arcticus (Lactose ou água carregada com a influência energética do Polo Norte Magnético); Magnetis polus australis (Lactose ou água saturada com as emanações energéticas do Polo Sul magnético); Magnetis poli ambo (Lactose exposta à influência de ambos os polos do ímã); Eletricitas (Lactose saturada com a corrente elétrica), X-Ray (Raios-X, Potências efetuadas com álcool absoluto exposto meia hora aos raios-x); Sol ou Raio de sol (Lactose exposta aos raios solares concentrados); Lua (Raio da lua), obtido por exposição de açúcar do leite em uma cápsula de vidro aos raios lunares, enquanto se revolve com uma varinha de vidro (Fincke) ou expondo à água pura (Higgins).


Remédios homeopáticos derivados do reino mineral

Origem natural.

Ex. Aurum metalicum (ouro), Kalium carbonicum (carbonato de potássio obtido das cinzas de plantas), Natrium muriaticum (sal marinho não-purificado), Graphites (produto inglês da mina de Borrowdale), Petroleum (da Austria), Mica (completamente branca, da Índia), Sulphur (da Itália).

Origem industrial, sintética:

sais orgânicos, vitaminas. Ex. Sulfanilamida, Mercurius iodatus Ruber, diversas penicilinas.

Preparações exclusivamente homeopáticas.

Ex. Hepar sulphuris = cascas de ostras em pó com enxofre, Causticum = mistura de cal em água com bissulfito de potássio e água fervente, Mercurius solubilis = nitrato de protóxido de mercúrio com amônia, Calcarea acetica = pó de cascas de ostras com vinagre de vinho.

Isoterápicos ou tautoterápicos, hetero-isoterápicos

Dentro da preparação de remédios com diluição e potencialização, existe uma classe de remédios chamados isoterápicos ou tautoterápicos

Isoterápico

Medicamento usado na Isoterapia ou Tautoterapia: tratamento pela mesma ou igual causa que provocou a doença, desde que não pertença à patologia do indivíduo. Não é considerado como homeopatia por alguns homeopatas. Difere da isopatia por empregar produtos não patológicos de qualquer origem. Indicado nas dessensibilizações e eliminação de drogas tóxicas. Ex. Chumbo dinamizado para casos de Saturnismo ou Arsenicum dinamizado para intoxicações por Arsênico, Colibacilinum para colibacilose em aves e nas mastites bovinas. 

Hetero-isoterápico

Medicamento preparado por técnica homeopática a partir de alérgenos exógenos que, de alguma forma, sensibilizaram o paciente e só a ele se destinam.

Ex: pólen, poeira, pelos, solventes, medicamentos alopáticos (vacinas, antibióticos, bronco-dilatadores como o Aerolin), corticóides, alimentos – ou seja, substâncias que de alguma forma “sensibilizaram” o paciente, para dessensibilizá-lo.


Sobre a Isoterapia

Apesar de não ser considerada homeopatia por alguns homeopatas clássicos, a isoterapia tem chamado a atenção de terapeutas no mundo todo pelos resultados positivos relatados por homeopatas holandeses no tratamento do autismo e outros distúrbios como TDAH.


CEASE Terapia: 

Criada pelo homeopata Dr. Tinus Smits (1946-2010), a sigla significa Completa Eliminação da Expressão do Espectro Autista. O Dr. Smits descobriu em sua prática, com mais de 300 casos, a base da terapia com CEASE e chegou à sua hipótese sobre o que causa o autismo. Em sua experiência, o autismo é um acúmulo de causas diferentes e cerca de 70% é devido a vacinas, 25% a medicamentos tóxicos e outras substâncias tóxicas, 5% a algumas doenças. Com a isoterapia, uma forma de homeopatia usando as próprias substâncias causadoras da preparação homeopática, as impressões tóxicas podem ser apagadas. Atualmente usam-se as potências de 30C, 200C, 1M e 10M para limpar o campo energético do paciente da impressão de substâncias tóxicas ou doenças. Em seu livro "Autism Beyond Despair - CEASE Therapy" o Dr. Smits relata dezenas de casos de tratamento e cura. A teoria do Dr. Smits e sua terapia proposta provocaram uma forte reação nos médicos que são contra a homeopatia e mesmo entre alguns homeopatas clássicos.

THD HOMEOPATIA DETOX


Ton Jansen, homeopata holandês, continuou as pesquisas do Dr. Smits e desenvolveu a Terapia Homeopática Detox (THD), atualmente é chamada de "QUÍMICA HUMANA e HDT". Ele é um pioneiro na exploração e uso de substâncias do corpo humano dinamizadas (como hormônios e mediadores), e um especialista na aplicação do conhecimento antroposófico na homeopatia. Segundo ele, a TDH é um ramo à parte da homeopatia, pois foca na desintoxicação de fatores que causam bloqueios. O método THD pode suspender o bloqueio de maneira que os órgãos podem começar a funcionar normalmente novamente. Após o tratamento THD a maior parte dos bloqueios desaparecem e o quadro homeopático fica claro – e então o paciente pode ser curado completamente. Se o homeopata for realmente bom com o método homeopático, ao incluir a TDH a cura será mais rápida, suave e duradoura. Em seu livro "Fighting Fire with Fire", ele descreve novos medicamentos isoterápicos e dezenas de casos de sucesso.

TIPOS DE ISOTERÁPICOS

  • vacinas (humanas, veterinárias, etc); antibióticos; pílulas anticoncepcionais; remédios para dor, pressão alta; AAS; corticóides; insulina injetável;
  • açúcar (branco, de coco, demerara, etc); adoçantes; refrigerante;
  • azeite; tomate (vários tipos, molho, etc); ovo (de codorna, de galinha); bolachas; café; cebola; sorvete; cerveja; chocolate; feijão; 
  • cigarro (comum, de marca, de palha); jornal;
  • agentes alergênicos (caseína, glúten, fermento, plástico, etc); mofo; pelo (de cachorro, de cavalo, de rato, etc); perfume; pó (de rua, de construção; acrílico, etc.); látex; preservativo;
  • leites (vaca; soja; em pó; cabra, coco, etc); creme-de-leite; queijo (branco, camembert,  brie, minas, de soja, gruyere, etc);
  • produtos de limpeza (sabão em pó, querosene, thinner, etc.); amaciantes; inseticidas; spray anti-ferrugem; gasolina; óleo diesel;
  • cimento; massa corrida; verniz; tinta (acrílica, esmalte, etc); carpete;
  • substâncias produzidas pelo corpo (como bilirrubina, testosterona, insulina); 
  • desinfetante, desodorante; esparadrapo; fio-de-sutura;
  • suplementos (resveratrol, whey protein, shake herbalife, vitaminas);
  • elementos tóxicos usados pelos dentistas (amálgama das obturações dentárias, ácido fosfórico, etc); anestesias; agulhas de tratamento de canal;

Vale a pena relatar a seu homeopata que trabalha com isoterápicos a relação de vacinas, antibióticos e outras drogas tomadas, colírios e até substâncias que foram injetadas, como na quimioterapia e contrastes para exames (como o de retina, fluoresceína). Importante também é relatar as drogas, substâncias e produtos usados durante a gestação de crianças com transtorno autista.

Nota sobre isoterápicos de vacinas: o isoterápico não tem a função de replicar ou substituir o efeito da vacina, mas, sim, de ajudar o corpo a eliminar os efeitos tóxicos de alguns componentes daquela vacina em particular.

FARMÁCIAS HOMEOPÁTICAS

Se sua farmácia homeopática não manipula este tipo de medicamento isoterápico, entre em contato para obter orientação.

Fonte:
tese de pós-graduação em homeopatia, pelo Instituto Logos, 2016: Grandi, Rômulo: "A Correlação entre os Sais de Schüssler e os Signos Zodiacais".

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