UMA VELA ALIENÍGENA LEVE VISITOU O SISTEMA SOLAR?
Parece manchete de tabloide, mas neste caso poderia ser verdade. Pesquisadores do Centro de Astrofísica de Harvard afirmaram que o asteroide interestelar Oumuamua (†) poderia de fato ser uma leve vela alienígena. Sua pesquisa original foi publicada em 31 de outubro no servidor moderado arXiv.org.
A história de Oumuamua começa em outubro de 2017, quando foi descoberto por Robert Weryk usando o telescópio Pan-STARRS no topo do vulcão Haleakalā, no Havaí. Os astrônomos rapidamente perceberam que Oumuamua era algo especial: o objeto estava disparando através do Sistema Solar em uma órbita "hiperbólica" livre. Vindo das estrelas. Mudanças drásticas no brilho do objeto sugeriam que ele dava cambalhotas e era assimétrico - fino e longo como um charuto ou talvez uma panqueca.
Em seu caminho para fora do Sistema Solar, algo inesperado aconteceu. Oumuamua acelerou como se jatos de gás o estivessem propelindo para a frente. Os astrônomos que inicialmente pensaram que Oumuamua era um asteroide agora voltaram sua atenção para a hipótese de cometa. Os cometas naturalmente desenvolvem jatos após aproximações ao sol, e esses jatos poderiam explicar o comportamento de Oumuamua.
Apenas um problema: "Apesar de sua aproximação solar muito justa, de apenas 0,25 UA (dentro da órbita de Mercúrio), Oumuamua não mostra nenhum sinal de atividade cometária, nenhuma cauda cometária, nem linhas de emissão / absorção de gás", destacam os pesquisadores de Harvard, Shmuel Baily e Abraham Loeb. Além disso, "se a descarga gasosa tivesse sido responsável pela aceleração, então os torques associados teriam conduzido a uma rápida evolução na rotação (spin) de Oumuamua, incompatível com as observações".
Então, se não é um asteroide, e não é um cometa, o que poderia ser? Loeb, que é o presidente do departamento de astronomia da Universidade de Harvard e também preside o conselho consultivo do projeto de velas leves Breakthrough Starshot, percebeu que o perfil de aceleração era a chave. A aceleração não-gravitacional de Oumuamua progrediu na escala r¯² na distância (r) do sol - exatamente como uma vela leve se comportaria.
Modelando Oumuamua como um objeto fino empurrado pela pressão da radiação solar, Baily e Loeb descobriram que ele confirmaria as observações se fosse uma folha de material de 0,3 mm a 0,9 mm de espessura com uma densidade de massa de ~ 0,1 g/cm². "Apesar de extremamente fino, um objeto assim sobreviveria a uma viagem interestelar por distâncias galácticas de cerca de 5 quiloparsecs(††), suportando colisões com gás e grãos de poeira, assim como tensões causadas pelas forças de rotação e marés", disseram eles.
Os pesquisadores estão agora buscando mais observações para procurar visitantes ao Sistema Solar semelhantes ao Oumuamua. "Uma pesquisa para as velas leves como marcos de tecnologia no Sistema Solar é garantida, independentemente de Oumuamua ser uma delas", concluem.
Embora técnico, o artigo de Baily e Loeb está bem escrito e incomumente legível para os não-especialistas. Confira! (†††)
Fonte: NASA
Tradução: Rômulo Grandi
N. do T.:
(†) Oumuamua é uma palavra havaiana que significa "um mensageiro de longe que chega primeiro"
(†) 1 parsec = 3,26 anos-luz.
(††) link para o artigo (pdf): https://arxiv.org/pdf/1810.11490.pdf
Entre em contato e encomende agora suas previsões!
Parece manchete de tabloide, mas neste caso poderia ser verdade. Pesquisadores do Centro de Astrofísica de Harvard afirmaram que o asteroide interestelar Oumuamua (†) poderia de fato ser uma leve vela alienígena. Sua pesquisa original foi publicada em 31 de outubro no servidor moderado arXiv.org.
A história de Oumuamua começa em outubro de 2017, quando foi descoberto por Robert Weryk usando o telescópio Pan-STARRS no topo do vulcão Haleakalā, no Havaí. Os astrônomos rapidamente perceberam que Oumuamua era algo especial: o objeto estava disparando através do Sistema Solar em uma órbita "hiperbólica" livre. Vindo das estrelas. Mudanças drásticas no brilho do objeto sugeriam que ele dava cambalhotas e era assimétrico - fino e longo como um charuto ou talvez uma panqueca.
Em seu caminho para fora do Sistema Solar, algo inesperado aconteceu. Oumuamua acelerou como se jatos de gás o estivessem propelindo para a frente. Os astrônomos que inicialmente pensaram que Oumuamua era um asteroide agora voltaram sua atenção para a hipótese de cometa. Os cometas naturalmente desenvolvem jatos após aproximações ao sol, e esses jatos poderiam explicar o comportamento de Oumuamua.
Apenas um problema: "Apesar de sua aproximação solar muito justa, de apenas 0,25 UA (dentro da órbita de Mercúrio), Oumuamua não mostra nenhum sinal de atividade cometária, nenhuma cauda cometária, nem linhas de emissão / absorção de gás", destacam os pesquisadores de Harvard, Shmuel Baily e Abraham Loeb. Além disso, "se a descarga gasosa tivesse sido responsável pela aceleração, então os torques associados teriam conduzido a uma rápida evolução na rotação (spin) de Oumuamua, incompatível com as observações".
Então, se não é um asteroide, e não é um cometa, o que poderia ser? Loeb, que é o presidente do departamento de astronomia da Universidade de Harvard e também preside o conselho consultivo do projeto de velas leves Breakthrough Starshot, percebeu que o perfil de aceleração era a chave. A aceleração não-gravitacional de Oumuamua progrediu na escala r¯² na distância (r) do sol - exatamente como uma vela leve se comportaria.
Modelando Oumuamua como um objeto fino empurrado pela pressão da radiação solar, Baily e Loeb descobriram que ele confirmaria as observações se fosse uma folha de material de 0,3 mm a 0,9 mm de espessura com uma densidade de massa de ~ 0,1 g/cm². "Apesar de extremamente fino, um objeto assim sobreviveria a uma viagem interestelar por distâncias galácticas de cerca de 5 quiloparsecs(††), suportando colisões com gás e grãos de poeira, assim como tensões causadas pelas forças de rotação e marés", disseram eles.
Os pesquisadores estão agora buscando mais observações para procurar visitantes ao Sistema Solar semelhantes ao Oumuamua. "Uma pesquisa para as velas leves como marcos de tecnologia no Sistema Solar é garantida, independentemente de Oumuamua ser uma delas", concluem.
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Rômulo Grandi
Mestre em Reiki
Consultor em
Astrologia, Florais e Terapias Integrativas
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